Comurg alerta população sobre o descarte correto de objetos perfurantes para prevenir incidentes nas ruas

Somente em agosto e setembro deste ano 44 coletores se feriram com objetos perfurantes e/ou cortantes durante o trabalho
Juscinei Nogueira Santos, de 39 anos, trabalha na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desde 2011, mas há duas semanas está afastado de suas funções por conta de um incidente com uma ripa com pregos, no Jardim América. “Estava recolhendo embalagens e caixas de papelão da via e colocando no caminhão caçamba quando pisei na tábua. Um dos pregos entrou no meu pé. A dor foi muito forte”, relata o servidor.
Juscinei foi levado a uma unidade hospitalar e foi submetido a exames. Desde então está de repouso em casa. Nos próximos dias vai passar por nova avaliação médica para saber se já tem condições de retornar ao trabalho. “Eu estava usando botas e luvas, e mesmo assim me machuquei. Infelizmente, muitas pessoas não sabem a forma certa de se desfazer desse tipo de material e a gente acaba prejudicado”, lamenta.

Fotos: Comurg
Levantamento da Comurg aponta que somente em agosto e setembro deste ano 44 colaboradores se feriram com objetos perfurantes e/ou cortantes, em exercício de suas funções, em razão do descarte inadequado. “São cacos de vidro, agulhas, pregos… Itens que colocam em risco não somente nossos servidores, mas a população de modo geral”, afirma o presidente da Companhia de Urbanização, Alisson Borges.
“Qualquer pessoa que transita pela rua está sujeita a pisar num prego descartado da forma incorreta. Pregos, vidros e outros itens perfurocortantes devem ser acondicionados numa caixa de leite ou de sapato, separados do lixo doméstico. O ideal é vedar tudo com fita adesiva e colocar por fora um aviso de alerta para os coletores”, explica Borges.
O presidente da Comurg destaca que além dos danos pessoais diretos aos trabalhadores, os incidentes ainda prejudicam a prestação de serviços à comunidade. “Quando um servidor é afastado, precisamos readequar nossa programação para executar as atividades diárias de limpeza e urbanização. O fato é que nessas situações não conseguimos entregar os serviços com a agilidade desejada”, ressalta Alisson Borges.