Programa Mulheres que Transformam Lixo em Lucro ensina como reaproveitar recicláveis no artesanato 

A faxineira e babá Claudênia Domingos da Silva, de 28 anos, aproveitou a passagem do Mutirão de Goiânia pelo Buena Vista e foi conhecer de perto os serviços oferecidos pela Prefeitura. Foi quando se deparou com o projeto Mulheres que Transformam Lixo em Lucro, promovido no estande da Companhia de Urbanização da Comurg. Ela foi uma das 96 pessoas que passaram pelo local e saiu de lá com um pouco mais de conhecimento. 

O projeto, coordenado pela assistente social da Companhia, Anadir Cezária de Oliveira,  está sempre presente nos Mutirões e se propõe a ensinar às pessoas um novo ofício.“Eu adoro artesanato, é o que me deixa mais calma e me desperta muita alegria”. De acordo com ela, que é moradora do Buena vista 4, foi muito bem recebida pelas servidoras da Comurg. Além de aprender novas técnicas para o fuxico e transformar retalhos e tampinhas em chaveiros, acabou fazendo amizade com as “meninas”. 

A servidora há quase 30 anos, Ironides Cândido Garcia foi quem ministrou essa aula em particular para Claudênia. “Eu sou uma apaixonada por artesanato e a Comurg me oferece essa maravilhosa oportunidade de unir minha paixão no dia a dia do trabalho”, celebra enquanto ensina o ponto a ponto para sua aluna.  

O Coletivo de Mulheres da Comurg é formado por 12 garis. Além dos Mutirões, elas participam de feiras promovidas pela Prefeitura de Goiânia, e outros eventos com cunho social. 

O projeto foi fundado em 2013 e já chegou a ter 300 colaboradoras. Durante o período de pandemia do Coronavírus, as oficineiras chegaram a produzir e distribuir gratuitamente cerca de 12 mil máscaras feitas a partir de retalhos. Também foram feitas doações para catadores de recicláveis e comunidades carentes.

Entre os produtos usados estão CDs, potes de vidro e plástico, tampinhas de garrafas, sacolas e retalhos, todos descartados nas cooperativas. 

Fotos: Lorena Lázaro