Comemorado em 19 de março, o Dia do Artesão celebra a dupla de servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) que compartilham sua arte integrada à profissão de limpeza urbana

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) compartilha, neste Dia do Artesão (19/3), duas histórias de trabalhadores da empresa que fazem a diferença na cidade emprestando um dom para deixá-la cada dia mais bonita: José Evangelista Moreira, de 54 anos, e Walteir Fernandes dos Santos, de 62. Eles são garis da Comurg e trabalham na produção de vasos artesanais de concreto que são encontrados em praças e ruas da capital.

José Evangelista está na Comurg há quase 19 anos e iniciou sua jornada artística aos 17, participando de um programa da prefeitura de Goiânia. Seus primeiros trabalhos foram feitos com gesso em uma oficina de arte. Ao se destacar entre os colegas, passou a substituir o professor. O gari também é reconhecido por suas habilidades na restauração da estátua das mães, localizada na Praça das Mães, e por recuperar todos os dinossauros do Parque Mutirama.

“Hoje, meu trabalho está espalhado por toda a cidade. Existem vasos no Centro, na Avenida Jamel Cecílio, na Avenida República do Líbano e em várias praças. Sinto-me feliz com o que faço, gosto do meu trabalho e me dedico ao máximo em tudo”, orgulha-se.

Walteir Fernandes é autodidata e também está na Comurg há 19 anos. Desde que ingressou na companhia, começou a produzir vasos de concreto. Para ele, os objetos são fundamentais para tornar a cidade mais agradável, pois entram em sintonia com a beleza das plantas e, como resultado, dão mais serenidade e qualidade ao ambiente urbano.

A dupla de artesãos concorda que a inspiração para a produção artesanal pode surgir a qualquer momento, seja nas ruas, em uma flor, em uma pintura ou até mesmo em sonhos. “A natureza é a maior fonte de inspiração, pois apresenta formas perfeitas. Às vezes, observamos nas ruas uma copa de árvore, um tronco ou uma pedra. Tudo pode servir de modelo para a gente”, explica José Evangelista.

Apesar de reconhecerem o dom no artesanato, Walteir pontua o orgulho que sente em ser gari, mas destaca que falta um reconhecimento da sociedade com os trabalhadores da limpeza urbana. “Gostaria de mudar a percepção de que o gari só sabe varrer ruas e coletar lixo. Por trás de cada gari há uma pessoa altamente profissional, como excelentes mecânicos, cantores, marceneiros e artesãos. Nós, garis, temos um papel tão importante quanto o do prefeito da cidade”, conclui.

Foto: Luciano Diniz

Legenda: Neste Dia do Artesão, conheça dois garis da Comurg que se destacam na produção de vasos artesanais

Companhia de Urbanização (Comurg) – Prefeitura de Goiânia